23 de março de 2010

Finalmente liberta

Liberdade...
Ânsia profunda que nos invade o espírito,
Desejo inato que direcciona o nosso olhar
Brilho incandescente ou doce tortura?
Pensamento permanente, difícil de alcançar.

Mistura louca de sentimentos!!
Ao longo dos séculos, nunca entendida...

Se estou liberta, fui outrora presa,
presa por um desejo carimbado na alma.
Tinta permanente que traça o caminho,
Risco duplo, visível no olhar.

Chama ardente como o pôr do sol,
Vazio que dá lugar à descoberta.
Brilho quente instalado no ser.

Liberta, sim estou!
Como lagarta em plena metamorfose,
Ganho asas e viro borboleta.

Sigo as pegadas que se instalam nas nossas vidas,
E nem a dor da saudade,
Nem o vento da distância,
As poderão apagar!

20 de março de 2010

Pluma

Pluma leve e suave
Esvoaçante na brisa do vento,
Viaja por mundos de encanto
Deixando o seu rasto reluzente.

Paira, voa, envolve-te no manto das nuvens
Traça o teu caminho nas linhas do horizonte.

Mergulha no sol, qual caneta na tinta
Traça o meu sonho, nas páginas do teu mundo.
Funde-te com a brisa e liberta o teu conhecimento,
Solta o meu olhar e o meu pensamento.

Oh pluma suave como nuvens de lã!
Percorre o meu ser e leva-me cativa…
Enlaça-me nas ondas da formação do teu corpo
Junto ao teu rasto, ancorada na luz.

Prende-me no teu encanto,
Porque conquistada já eu estou!